De olho no futuro, Transpes planeja investimento bilionário

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De olho no futuro, Transpes planeja investimento bilionário

O Grupo Transpes – reconhecido como um dos maiores do Brasil no setor de logística de transportes e proprietário das parcerias público-privada (PPPs) de infraestrutura social Inova BH e Saúde BH – planeja, para os próximos dois anos, um investimento da ordem de R$ 1,5 bilhão com foco nas respectivas áreas de atuação. Neste mesmo período, o quadro de colaboradores da empresa mineira, atualmente na casa dos cinco mil funcionários, deve ser ampliado em 20%.

No que diz respeito à internacionalização dos negócios, a Transpes, que tem atuação em todo o Mercosul, vislumbra oportunidades para grandes projetos em alguns dos países-membros e países-associados do bloco econômico, principalmente no Paraguai, Uruguai e Chile. O grupo estuda ter unidades nessas regiões, sobretudo nos territórios uruguaio e chileno. 

As informações são da sócia e integrante do conselho de acionistas da Transpes, Tarsia Gonzalez. Segundo ela, a companhia também analisa com atenção as possibilidades do mercado de fusões e aquisições e investiu recentemente em guindastes de 600 toneladas de última geração que chegarão em janeiro de 2025 – hoje, a empresa possui mais de 1.800 equipamentos de ponta. 

Em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio, a empresária revelou parte do planejamento estratégico do grupo para a próxima década, de 2025 a 2035. Batizado de Transpes do Futuro, o plano tem como premissa colocar em prática uma série de estratégias para modernizar processos e engajar ainda mais os colaboradores, gerando propósito e o desejo de fazer parte de um legado.

O objetivo maior desse planejamento estratégico, além da empresa crescer para gerar empregos, crescer em faturamento, crescer em unidades, investir no País, é crescer em valores e ter a oportunidade de trazer para as pessoas que procuram solidez, uma empresa sólida

destaca Tarsia Gonzalez, convidada pela cúpula da Transpes para liderar a gestão do plano estratégico

Passagem de bastão e desenvolvimento de talentos

Na década de 1950, o governo espanhol enviou tropas para os conflitos na Coreia e Tarcísio Gonzalez, que era camelô na Espanha, lutando pela sobrevivência e sonhando em trocar a guerra por uma missão maior, assumiu o risco de viajar para o Brasil escondido em um navio cargueiro. Após desembarcar no País, ele trabalhou em feiras livres e conquistou seu primeiro caminhão. 

Na mesma época, este homem conheceu Juscelino Kubitschek e foi desafiado a transportar máquinas para a construção de Brasília. Engenheiro mecânico de talento nato e visionário, Tarcísio Gonzalez inovou, partindo o caminhão e o transformando na primeira carreta prancha da Transpes – fundada em 1966 por ele e por sua esposa, Ruth Castro, que teve papel pioneiro e fundamental nos negócios, ao introduzir o primeiro serviço de escolta para transportes pesados do País.

Nos anos 1980, a segunda geração da família — os filhos Sandro, Tarsia e Alfonso — assumiu o comando da companhia e promoveu um novo salto de empreendedorismo. Vivendo a empresa desde cedo, cada um desenvolveu seu próprio talento, e a sucessão ocorreu de forma natural. Com o avanço tecnológico e a necessidade de continuar inovando, chegou o momento de passar o bastão para a terceira geração, surgindo, assim, o desejo de estabelecer a Transpes do Futuro.

Tarsia Gonzalez explica que ela e seus irmãos trabalharão em conjunto para construir o último capítulo da história da atual geração e para entregar aos sucessores, bem como a todos que contribuem com a empresa, as melhores condições de trabalho e um projeto pronto, assim como receberam quando sucederam seus pais. Conforme a empresária, o que eles almejam é um grupo que trabalhe em prol do crescimento do Brasil, com foco no propósito de desenvolver talentos.

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