Entrevista: SANDRO GONZALEZ – Saiba como pensa o CEO mais admirado do Brasil

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Entrevista: SANDRO GONZALEZ – Saiba como pensa o CEO mais admirado do Brasil

Aos 51 anos de idade, Sandro Gonzalez, o atual Presidente da Transpes, já fez de tudo um pouco, desde que começou a trabalhar na companhia, aos 18 anos: foi do almoxarfifado aos escritórios, exercendo funções nos departamentos de administração, compras, operações e comercial. Hoje, casado e pai de 5 filhos – sendo que o mais velho já segue os rumos do pai na companhia -, Sandro lidera os negócios da família, junto aos irmãos Tarsia e Alfonso.

Conheça agora como o “CEO mais admirado do País” enxerga o atual cenário econômico brasileiro e saiba quais seus planos para a Transpes e a própria carreira.

Redação:  Em um ano de forte crise no Brasil, a Transpes figurou, pela terceira vez, entre as 150 melhores empresas do País para se trabalhar, em ranking promovido pela revista Você s/a, tendo sido eleita, inclusive, Empresa do Ano na última edição do ranking. Que motivos você apontaria como responsáveis por esse destaque da companhia?

Sandro Gonzalez: Os motivos estão ligados à nossa cultura, ao nosso DNA e ao nosso modelo de gestão, que já possui 50 anos de história. Mesmo o País passando por esse momento de dificuldade, de recessão e crise, nós não alteramos a nossa forma de trabalhar em relação às pessoas, com compromisso, respeito e simplicidade, fazendo com que nossas políticas de gestão de pessoas consigam traduzir os nossos valores, que privilegiam o respeito ao profissional. Acho que isso foi fundamental para alcançar este prêmio.

Redação:  Ainda na última edição do Guia Você s/a – As Melhores Empresas para Você Trabalhar, além da eleição da Transpes como Empresa do Ano, tivemos a escolha do seu nome como o CEO mais admirado do País. A que você atribui essa escolha?

Sandro Gonzalez: A gente tem uma relação muito aberta e muito franca com as pessoas; muito respeitosa. Acho que essa relação acaba encantando positivamente, não é? Isso, junto com a nossa política e nossa gestão, culminou com o prêmio.

Redação:  Em Janeiro, a Presidente do Conselho de Administração da Transpes – sua irmã, Tarsia Gonzalez – protagonizou o quadro “Chefe Secreto”, do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, o que proporcionou à Transpes uma exposição na mídia jamais experimentada anteriormente. Em que medida essa exposição afetou ou afetará os negócios da companhia?

Sandro Gonzalez: Essa participação nossa no Chefe Secreto foi fantástica. Trouxe uma exposição que nunca antes tínhamos experimentado. Com certeza, fortalece muito a marca da Transpes e amplia nossas possibilidades de atuação em todas as áreas: com nossos stakeholders, nossos clientes e com as instituições que precisamos. A gente ainda não tem exatamente uma forma de medir isso tangivelmente, em números, mas, com certeza, isso já trouxe uma exposição muito positiva para a Transpes, que vai consolidar e ampliar nossa atuação.

Redação:  Como a Transpes se comportou diante da crise? Ela afetou em grande escala os negócios da companhia? Em 50 anos de atividades, a Transpes já havia enfrentado situação parecida?

Sandro Gonzalez: As crises no Brasil são cíclicas. A gente já passou por várias; essa não foi a primeira e, sem dúvidas, não vai ser a última. Fizemos nosso “para casa”: redução de custo, inovação na gestão, agilidade nos processos e adequação do tamanho da empresa ao tamanho do marcado. É claro que, para um negócio passar por momentos difíceis, é fundamental que se tenha coragem de tomar as decisões que precisam ser tomadas.

Redação:  Quais são as suas expectativas, em relação aos negócios da Transpes e dos seus clientes, para o ano de 2017? Acredita que o mercado reagirá ainda esse ano?

Sandro Gonzalez: É uma incógnita a questão do mercado esse ano, mas, independente dele, a gente tem um planejamento bem audacioso, de ampliar mais as nossas atuações, principalmente na América Latina. Dentro disso, a gente tem uma perspectiva boa de crescimento. Mesmo que, para o Brasil, ainda não seja o ano de crescimento econômico, a tendência é que seja um ano melhor que 2016, mais estável.

Redação:  A Transpes tem a intenção de ampliar seu leque de negócios, ou mesmo a sua área geográfica de atuação? Pode nos falar um pouco dos planos da companhia?

Sandro Gonzalez: Temos intenção. Terminamos agora nosso planejamento estratégico e estamos analisando outras áreas de atuação, que não somente o transporte de carga especial e cargas no geral.

Redação:  A troca de gerações no comando de grandes empresas familiares é sempre cercada de grande expectativa e, muitas vezes, é motivo de queda de performance nos negócios. Mas, na Transpes, o que se viu foi o contrário: a gestão da segunda geração da família trouxe uma profissionalização crescente, responsável por colocar a companhia no patamar em que se encontra. Hoje,  estamos diante de um sistema de gestão que prevê um processo sucessório que não envolve, necessariamente, membros da família. Como você encara esse momento?

Sandro Gonzalez: Naturalmente. O processo de gestão evolui com a própria dinâmica do mercado. A empresa tem o controle familiar, mas não necessariamente precisa ser gerida pelas pessoas da família. Nosso objetivo comum é que a empresa alcance o planejamento previsto, de resultados e tudo mais. Se dentro da família tivermos pessoas com esse perfil, com certeza elas têm assegurada a possibilidade de trabalhar na Transpes. Se não, vamos ao caminho normal da profissionalização.

Redação:  Você tem planos para fora da Transpes? Pretende atuar como conferencista / palestrante, para compartilhar sua experiência de sucesso? Pretende compor o conselho de administração de outras empresas?

Sandro Gonzalez: Tenho planos de, no futuro, poder auxiliar outras empresas também, participando como conselheiro. Sempre tenho recebido convites de palestras e entrevistas, tanto na área de logística, quanto em outras áreas. Acho que minha contribuição é mais no sentido de expor e de demonstrar as experiências que tivemos aqui na Transpes ao longo do tempo. Chegamos a participar, no ano passado, de algumas palestras, como a Expo Management, Transamérica, DCE – Associação de Dirigentes Cristãos de Minas Gerais e outras.

Redação:  Alguma outra mensagem que você deseja passar aos leitores?

Sandro Gonzalez: A Transpes é muito fiel a seus valores de bom relacionamento, de esperança no Brasil, apesar de a gente estar passando por um momento de muita incerteza e dificuldade. Mas o mercado brasileiro é muito maior que isso tudo e, com certeza, em breve, teremos um nível de empregabilidade maior e crescimento da economia.

Se eu puder passar uma mensagem, é que as pessoas não percam a esperança no Brasil. Que as pessoas continuem dando seu melhor e continuem ocupando as posições importantes da nossa sociedade porque, se a gente quiser um Brasil melhor, esse Brasil vai ser construído com pessoas melhores, se colocando no lugar certo.

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