OS EQUIPAMENTOS
Para o içamento de cargas de grandes dimensões e peso elevado, os pórticos hidráulicos, caminhões Munck e guindastes são os equipamentos mais indicados. Para se ter uma ideia, há pórticos hidráulicos utilizados pela Transpes que são capazes de erguer até 400 toneladas. De grandes dimensões, o maquinário precisa ser montado no local da operação, por uma equipe especializada.
Já para garantir a segurança dos empregados durante a atividade, são exigidos diversos equipamentos de proteção individual, como capacete com jugular, calçado de segurança com biqueira, óculos de proteção, protetor auricular tipo plug ou concha, luvas de lona e creme protetor.
Há ainda outros materiais essenciais para a realização do içamento, como cintas, correntes, patolas, cabos de aço, laços, anilhar, olhal, balancim, garras de elevação e cordas. Para completar, de acordo com o local em que será realizada a operação, é necessário providenciar a devida sinalização, com o uso de fitas zebradas, cones, telas e barreiras físicas.
De acordo com a necessidades de cada cliente, a Tranpes providencia diferentes tipos de equipamento. “Em um trabalho de descarga e verticalização desenvolvido para a GE/Alstom, no Mato Grosso, por exemplo, a companhia utilizou uma polia especial, desenvolvida para içamento de cargas muito compridas e pesadas, que garantiu maior estabilidade à peça”, exemplifica o Gerente de Içamento, Geraldo da Silva Magela.
AMARRAÇÃO
Evitar o deslocamento da carga durante o içamento também é fundamental para garantir a segurança das pessoas envolvidas e da carga que está sendo erguida. Por isso, além dos equipamentos adequados, a etapa de amarração é considerada crítica para o processo.
De acordo com a carga a ser içada, a Transpes também se compromete a desenvolver ferramentas e técnicas específicas de amarração para atender à demanda do cliente. “Recentemente tivemos que içar uma tampa de 24 metros de diâmetro, que seria instalada em um tanque da estação de tratamento de esgoto da Copasa, em Belo Horizonte, para a Andrade Gutierrez”, lembra Geraldo Magela. “A peça, extremamente maleável, exigiu uma nova solução para que pudesse ser posicionada. A alternativa encontrada foi amarrar toda a tampa, como se fosse um guarda-chuva, para garantir que ela ficaria imóvel durante o processo de instalação”, acrescenta o Gerente de Içamento.
Para permitir o aperfeiçoamento contínuo dos processos, as equipes técnicas passam por treinamentos constantes. Outra preocupação está na atualização frequente dos itens de segurança e dos equipamentos que, atualmente, têm idade média de até 5 anos.
SEGURANÇA
Hoje, a atividade de içamento conta com 4 normas de segurança, responsáveis por estabelecer as melhores práticas. São elas: NR10, NR35, NR11 e Resolução 1. Ainda relacionado à mitigação de riscos, algumas regras são extremamente importantes. Veja os exemplos.
Somente pessoas treinadas e capacitadas podem:
- Operar equipamentos de içamento de carga;
- Fazer inspeção de pré uso no equipamento de içamento;
- Fazer check list para acessórios de içamento;
- Acionar sinal sonoro para alertar os demais empregados.
Algumas orientações de segurança incluem:
- Não passar com o gancho da ponte (mesmo sem carga) sobre pessoas;
- Não se posicionar ou passar sob a carga suspensa;
- Não manipular a carga com as mãos (fazer uso de equipamentos ou corda para guiar / posicionar a carga);
- Evitar colocar as mãos em ponto de prensamento;
- Fazer a comunicação por sinais para efetuar o içamento do equipamento (carga);
- Ter atenção para não bater a carga em estruturas, vigas, equipamentos energizados e instalações elétricas;
- Não subir na carga;
- Não exceder a carga máxima do equipamento;
- Transportar a carga o mais baixo possível. Para içamento de carga crítica, é obrigatório elaborar o Plano de Rigging.
Na Transpes, o serviço de içamento pode ser contratado de duas formas: como solução atrelada ao transporte e à logística e através da locação do equipamento. “Antes de dar andamento ao serviço contratado, são realizadas reuniões preliminares entre a Tranpes e os clientes, para detalhamento de fatores de risco envolvidos e medidas de controle para as diversas situações relacionadas à atividade. Esses encontros também são utilizados para que, em conjunto, seja encontrada a solução adequada para atender a cada necessidade específica do cliente”, detalha Geraldo Magela.